Doença provoca a proliferação de áreas avermelhadas pelo corpo e feridas com secreção
Apesar de uma das mortes ter sido registrada em Divinópolis, na região centro-oeste, a situação mais preocupante é nas cidades de Governador Valadares, Ipanema, Resplendor e Conselheiro Pena, todas no vale do Rio Doce mineiro. Em Valadares, um homem de 75 anos também morreu vítima de leishmaniose visceral em 2011.
Dados da Secretaria de Estado da Saúde mostram que a doença infectou 502 pessoas e foi responsável por 49 mortes em Minas Gerais no ano passado. Desse total, 14 mortes e 107 diagnósticos positivos foram em Belo Horizonte. No entanto, os dados são parciais e os números podem ser ainda maiores.
Em 2009, foram registradas 75 mortes causadas pela doença no Estado, um crescimento de 134% em relação aos 32 óbitos ocorridos no ano anterior. Já o número de pessoas infectadas passou de 509 em 2008 para 601 em 2009, o que representa aumento de 18% nos casos. A morte mais recente foi a registrada em Governador Valadares, onde foram diagnosticados pelo menos mais cinco casos de pessoas com a doença.
De acordo com a secretaria, a localização geográfica e o clima na região do vale do Rio Doce favorecem a propagação da doença, que é transmitida pelo mosquito Lutzomyia longipalpis, conhecido popularmente como mosquito palha. No fim de janeiro, uma mulher de 54 anos já havia morrido em Divinópolis. Ela foi internada no início de dezembro do ano passado, mas apresentou melhora e chegou a ter alta. No entanto, voltou a ser internada em meados de janeiro e não resistiu.
Em humanos, o tipo mais comum de leishmaniose é chamado de cutânea ou tegumentar.
Quando uma pessoa tem leishmaniose cutânea, há a proliferação de áreas avermelhadas pelo corpo, feridas com bastante secreção, principalmente na região da boca e nariz, e febre irregular. Cães e seres humanos podem ter também a leishmaniose do tipo visceral, que afeta órgãos internos como rim e fígado, provocando vômito, diarreia e emagrecimento progressivo.
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