quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Transplantes de órgãos em hospital da Unicamp crescem 28% em 2010

Em uma década, o número de cirurgias do tipo praticamente triplicou no Estado. Em 2000 foram registrados 887 transplantes
A Secretaria de Estado da Saúde bateu recorde histórico de transplantes de órgãos em 2010. É o que aponta balanço da Central de Transplantes da pasta. Foram realizados durante o ano passado 2.328 transplantes, 353 a mais que em 2009. A diferença representa 18% de aumento. Em uma década, o número de cirurgias do tipo praticamente triplicou no Estado. Em 2000 foram registrados 887 transplantes em hospitais paulistas. A expansão também foi evidente no HC da Unicamp, que encerrou 2010 com 326 transplantes realizados, um crescimento de 28% em relação a 2009.
Entre os destaques dos procedimentos no Hospital de Clínicas da Unicamp estão os rins, que totalizaram 146 órgãos - aumento de 50% e os transplantes de coração (6), o maior volume em um ano desde 2004. Em 2009, ocorreram 255 transplantes de todas as especialidades. Segundo o superintendente do HC, professor Manoel Bértolo, os números do Estado e da Unicamp demonstram a importância dos hospitais públicos de alta complexidade que são os mais recebem pacientes graves, principalmente vítimas de acidentes. " O cenário se completa com as equipes de captação e transplante qualificadas" , comenta Bértolo.

O Hospital de Clínicas da Unicamp alcançará neste ano a marca de 5000 transplantes de órgãos e tecidos realizados desde 1984. Dos dez tipos de órgãos e tecidos que podem ser transplantados, o HC da Unicamp não realiza os de intestino, valva cardíaca, ossos e o de pulmões, esse último em fase final de adequação para início em 2012. " Vamos preparar um evento especial para celebrar a marca" , informa o superintendente.
Para o diretor da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), professor Mário Saad, a qualificação alcançada pelos profissionais da área de transplantes da Unicamp é comparável a dos melhores hospitais norte-americanos e europeus. " Em algumas especialidades nossos índices de produtividade superam os Estados Unidos, e a presença da Faculdade nessa capacitação humana, inclusive com muitas pesquisas, tem sido fundamental" , considera Saad.
Do total de transplantes realizados pelos hospitais paulistas no ano passado, 1.439 foram de rim, 656 de fígado, 99 de pâncreas, 77 de coração e 57 de pulmão. Os dados se referem apenas a transplantes de órgãos de doadores falecidos. Os dados da Central de Transplantes demonstram também que, embora as notificações de potenciais doadores de órgãos tenham aumentado 6,7% de um ano para outro, o número de doadores viáveis (que tiveram pelo menos um órgão aproveitado para transplante) cresceu 23,5% no período, passando de 705 em 2009 para 871 no ano passado.
A região da Grande São Paulo respondeu por 64% das notificações de potenciais doadores no Estado. Pelo interior e litoral, as regiões com mais notificações foram Campinas (SPOT-HC) e Sorocaba, respectivamente com 8% e 4,7%. O Serviço de de Procura de Órgãos e Tecidos do HC conseguiu, em 2010, 286 notificações, a maioria de rins. Para o coordenador da SPOT--HC, professor Luiz Antonio Sardinha um dos fatores que colaboraram para o crescimento dos procedimentos no HC em 2010 foi as ações do helicópteros Águia da Polícia Militar do Estado.
" A solidariedade dos paulistas aliada ao trabalho das equipes de captação para identificar e notificar potenciais doadores são os fatores-chave dos sucessivos recordes em transplantes no Estado" , afirma Luiz Augusto Pereira, coordenador da Central de Transplantes. Para a coordenadora da Unidade de Transplantes Hepáticos do HC, Ilka Boin, mesmo com um sistema muito efetivo, que se aprimora e proporciona bons resultados, ainda há necessidade de se trabalhar a aceitação e a importância do tema junto aos familiares, onde a recusa ainda é o maior problema.
Entre os órgãos que podem ser doados, o coração e o pulmão são os que possuem o menor tempo de preservação extra-corpórea: de 4 a 6 horas. Fígado e pâncreas vêm em seguida com tempo máximo para transplante de 12 a 24 horas e os rins podem levar até 48 horas para ser transplantados. Já as córneas podem permanecer em boas condições por até sete dias e os ossos até cinco anos.

1 comentários:

Ministério disse...

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Atenciosamente,

Ministério da Saúde
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