Estudo quer saber 'dose certa' de material genético do HIV em vacinas.
Secretaria de Saúde paulista vai selecionar 25 voluntários.
A Secretaria de Saúde paulista busca 25 voluntários para testes clínicos de fase 1 de duas vacinas que ajudarão a pesquisa internacional de combate ao HIV. O estudo é uma parceria entre o Centro de Referência e Treinamento DST/Aids, órgão ligado à secretaria, e a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Os interessados devem ter entre 18 e 50 anos, serem saudáveis e não infectados. Entre os homens, é necessário ser circuncidado. Já as mulheres não podem estar grávidas ou amamentando.
As vacinas não servirão para prevenir a infecção pelo vírus HIV. Elas serão aplicadas nos participantes para testes de eficiência. Os resultados serão compartilhados com uma rede mundial de testes de vacinas conhecida como HIV Vaccine Trials Network (HVTN), sediada nos Estados Unidos e financiada pelos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês) norte-americanos, conjunto de órgãos ligados ao departamento de Saúde e Serviços Humanos norte-americano.
São Paulo irá participar de um estudo que ainda conta com outros 75 voluntários nas cidades de Lausanne, na Suíça, além de Iquitos e Lima, ambas no Peru. Cada município selecionará 25 participantes. Com um total de 100 pessoas, 50 delas receberão uma das vacinas. O restante receberá a outra. A coordenação geral do estudo será feita pelo médico infectologista Esper Kallás, da Faculdade de Medicina da USP.
Os voluntários passarão por avaliação médica, terão o sangue e a urina coletados e irão responder a questionários sobre práticas de exposição ao HIV. Segundo a Secretaria de Saúde paulista, os interessados devem residir na capital ou na região metropolitana.
Os resultados só serão conhecidos daqui a dois anos, no mínimo. Para se inscrever, os interessados devem procurar a Unidade de Pesquisa de Vacinas Anti-HIV pessoalmente, na sede do CRT DST/Aids. O local fica na Rua Santa Cruz, nº 81, na zona sul da capital paulista. O contato pode ser feito também pelo telefone (011) 5087-9915 e pelo e-mail vacinas@crt.saude.sp.gov.br.
Adenovírus 5
As imunizações são feitas com o adenovírus 5, conhecido por causar, normalmente, resfriados nas pessoas. O micro-organismo é manipulado em laboratório para receber "pedaços" de HIV, que não são suficientes para gerar o vírus causador da Aids. O laboratório responsável pela produção do material é o Vaccine Research Center, ligado ao governo norte-americano.
Os segmentos de HIV no adenovírus 5 servem apenas para despertar uma resposta do sistema de defesa do corpo humano e não representam risco de contágio, segundo a equipe responsável pela pesquisa no Brasil.
O coordenador-adjunto do CRT DST/Aids, Artur Kalichman, afirmou que o objetivo do estudo não é o de descobrir uma substância a ser empregada em testes de fases clínicas mais avançadas, mas saber qual é a medida certa para inserir informações genéticas do HIV no adenovírus.
"É como se fossem dois 'cavalos de Troia', um com mais pedacinhos, outro com menos. No final da pesquisa, iremos saber apenas se a resposta imunológica do corpo é maior quando submetido a um volume maior de informações genéticas do HIV ou a volume menor", explica o médico. "Com essa informação, outras vacinas poderão utilizar a 'medida certa' de informações genéticas do vírus, a que terá o melhor desempenho no organismo humano."
Este tipo de técnica é uma das muitas para pesquisas com o vírus causador da Aids. "O HIV em si nunca é usado, nem morto, nem atenuado", explica Artur. "Às vezes, nós comparamos a vacina em questão com placebos, mas no caso dessa pesquisa nós queremos saber qual das duas é a mais eficiente."
As vacinas não servirão para prevenir a infecção pelo vírus HIV. Elas serão aplicadas nos participantes para testes de eficiência. Os resultados serão compartilhados com uma rede mundial de testes de vacinas conhecida como HIV Vaccine Trials Network (HVTN), sediada nos Estados Unidos e financiada pelos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês) norte-americanos, conjunto de órgãos ligados ao departamento de Saúde e Serviços Humanos norte-americano.
São Paulo irá participar de um estudo que ainda conta com outros 75 voluntários nas cidades de Lausanne, na Suíça, além de Iquitos e Lima, ambas no Peru. Cada município selecionará 25 participantes. Com um total de 100 pessoas, 50 delas receberão uma das vacinas. O restante receberá a outra. A coordenação geral do estudo será feita pelo médico infectologista Esper Kallás, da Faculdade de Medicina da USP.
Os voluntários passarão por avaliação médica, terão o sangue e a urina coletados e irão responder a questionários sobre práticas de exposição ao HIV. Segundo a Secretaria de Saúde paulista, os interessados devem residir na capital ou na região metropolitana.
Os resultados só serão conhecidos daqui a dois anos, no mínimo. Para se inscrever, os interessados devem procurar a Unidade de Pesquisa de Vacinas Anti-HIV pessoalmente, na sede do CRT DST/Aids. O local fica na Rua Santa Cruz, nº 81, na zona sul da capital paulista. O contato pode ser feito também pelo telefone (011) 5087-9915 e pelo e-mail vacinas@crt.saude.sp.gov.br.
Adenovírus 5
As imunizações são feitas com o adenovírus 5, conhecido por causar, normalmente, resfriados nas pessoas. O micro-organismo é manipulado em laboratório para receber "pedaços" de HIV, que não são suficientes para gerar o vírus causador da Aids. O laboratório responsável pela produção do material é o Vaccine Research Center, ligado ao governo norte-americano.
Os segmentos de HIV no adenovírus 5 servem apenas para despertar uma resposta do sistema de defesa do corpo humano e não representam risco de contágio, segundo a equipe responsável pela pesquisa no Brasil.
O coordenador-adjunto do CRT DST/Aids, Artur Kalichman, afirmou que o objetivo do estudo não é o de descobrir uma substância a ser empregada em testes de fases clínicas mais avançadas, mas saber qual é a medida certa para inserir informações genéticas do HIV no adenovírus.
"É como se fossem dois 'cavalos de Troia', um com mais pedacinhos, outro com menos. No final da pesquisa, iremos saber apenas se a resposta imunológica do corpo é maior quando submetido a um volume maior de informações genéticas do HIV ou a volume menor", explica o médico. "Com essa informação, outras vacinas poderão utilizar a 'medida certa' de informações genéticas do vírus, a que terá o melhor desempenho no organismo humano."
Este tipo de técnica é uma das muitas para pesquisas com o vírus causador da Aids. "O HIV em si nunca é usado, nem morto, nem atenuado", explica Artur. "Às vezes, nós comparamos a vacina em questão com placebos, mas no caso dessa pesquisa nós queremos saber qual das duas é a mais eficiente."
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