quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Roraima registra 12 casos de "novo" tipo de dengue

Vírus não circulava no Brasil havia 28 anos, mas voltou ao país em 2010

Roraima fechou o ano de 2010 com 12 casos confirmados de dengue tipo 4 - dos quais 11 foram na capital, Boa Vista. Outras 110 amostras estão sendo analisadas no Instituto Evandro Chagas (IEC), em Belém (PA). O vírus tipo 4 não era registrado no país havia 28 anos. Também há notificação de casos no Amazonas.
Os tipos mais comuns de dengue no país são o 1, 2 e 3. O retorno da circulação do vírus tipo 4 serviu de alerta para as autoridades de saúde, pois boa parte da população brasileira, em especial crianças e jovens, não tem imunidade contra esse vírus.
A Secretaria Estadual de Saúde de Roraima confirmou que não tem como evitar a proliferação da dengue tipo 4 para o restante do país. Segundo a coordenadora-geral de vigilância em saúde do Estado, Roberta Calandrini, era impossível a doença não se disseminar.
– Intensificamos o controle com eliminação de criadores e tratamento no foco da doença, mas Boa Vista é passagem de outros países. Da Venezuela tem voo saindo direto. O que o Ministério da Saúde propôs foi tentar retardar com isolamento viral.
Complicações da doença podem levar ao desenvolvimento de dengue hemorrágica. Os sintomas das quatro variações de dengue (tipos 1, 2, 3 ou 4) são os mesmos, como dores de cabeça, no corpo e articulações, febre, diarreia e vômito. O tratamento também é o mesmo: repousar, hidratar-se bem e não tomar remédios à base de ácido acetil salicílico, que, por ter efeito anticoagulante, pode provocar sangramentos.

Paralisação
Em Campo Grande (MS), a greve dos agentes de saúde completa nesta quarta-feira (12) uma semana e não há ainda possibilidade de acordo entre os trabalhadores do setor e o prefeito Nelson Trad Filho (PMDB). A cidade está sem controle da dengue, que continua crescendo, segundo boletim da Secretaria Estadual de Saúde.
No litoral de São Paulo, a doença também avança. No Guarujá foram confirmados 9.511 casos no ano passado, com o registro de 27 mortes, número que levou a cidade a ser recordista da doença na Baixada Santista. O quadro obrigou o município a adotar atendimento em tendas improvisadas

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