quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Sangue sintético pode revolucionar tratamento contra o câncer

Criação de partículas para circular na corrente sanguínea pode colaborar no desenvolvimento de sistemas de entrega de drogas
Estudo realizado pela Universidade da Carolina do Norte (UNC), nos Estados Unidos, pode tornar realidade a produção de sangue sintético, o que pode colaborar para a melhoria no tratamento de doenças, inclusive do câncer. Pesquisadores da instituição criaram partículas com o mesmo tamanho, forma e flexibilidade dos glóbulos vermelhos, superando um dos principais desafios na busca de desenvolver células sintéticas que atuam como seus primos naturais.
Até o momento, as tentativas de se criar glóbulos vermelhos mais próximos aos reais foram limitadas porque essas partículas tendem a ser filtradas rapidamente da circulação devido à sua inflexibilidade.
As partículas flexíveis criadas pela equipe da UNC são capazes de se espremer através de poros microscópicos e embarcações estreitas. Quando testadas em camundongos, as partículas permaneceram no sistema circulatório 30 vezes mais do que as mais duras.

Além de produzir sangue sintético mais parecido com o real, os resultados poderiam afetar a conduta de tratamento do câncer, disse Joseph DeSimone, co-investigador principal do estudo. Partículas carregadas com drogas de combate ao câncer que podem permanecer na circulação pode permitir novas abordagens de tratamento.
"Criação de partículas para a circulação alargada na corrente sanguínea tem sido um desafio significativo no desenvolvimento de sistemas de entrega de drogas desde o início", disse DeSimone. "Embora nós tenhamos que considerar a deformabilidade da partícula, juntamente com outros parâmetros, quando estudamos o comportamento das partículas no corpo humano, acreditamos que este estudo representa o futuro da nanomedicina".
A célula desenvolvida pelos pesquisadores utilizou a tecnologia de impressão, técnica criada para produzir nanopartículas com controle sobre o tamanho, a forma e a química.

0 comentários: