Estudo realizado pela Universidade da Carolina do Norte (UNC), nos Estados Unidos, pode tornar realidade a produção de sangue sintético, o que pode colaborar para a melhoria no tratamento de doenças, inclusive do câncer. Pesquisadores da instituição criaram partículas com o mesmo tamanho, forma e flexibilidade dos glóbulos vermelhos, superando um dos principais desafios na busca de desenvolver células sintéticas que atuam como seus primos naturais.
Até o momento, as tentativas de se criar glóbulos vermelhos mais próximos aos reais foram limitadas porque essas partículas tendem a ser filtradas rapidamente da circulação devido à sua inflexibilidade.
As partículas flexíveis criadas pela equipe da UNC são capazes de se espremer através de poros microscópicos e embarcações estreitas. Quando testadas em camundongos, as partículas permaneceram no sistema circulatório 30 vezes mais do que as mais duras.
Além de produzir sangue sintético mais parecido com o real, os resultados poderiam afetar a conduta de tratamento do câncer, disse Joseph DeSimone, co-investigador principal do estudo. Partículas carregadas com drogas de combate ao câncer que podem permanecer na circulação pode permitir novas abordagens de tratamento.
"Criação de partículas para a circulação alargada na corrente sanguínea tem sido um desafio significativo no desenvolvimento de sistemas de entrega de drogas desde o início", disse DeSimone. "Embora nós tenhamos que considerar a deformabilidade da partícula, juntamente com outros parâmetros, quando estudamos o comportamento das partículas no corpo humano, acreditamos que este estudo representa o futuro da nanomedicina".
A célula desenvolvida pelos pesquisadores utilizou a tecnologia de impressão, técnica criada para produzir nanopartículas com controle sobre o tamanho, a forma e a química.
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