quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Aplicativo para Smartphone pode realizar exames de sangue via celular

Nova tecnologia lab-on-a-chip permitirá realizar exames em menos de meia hora com apenas uma gota de sangue

Dispositivo desenvolvido por uma equipe de engenheiros da Universidade de Rhode Island, nos Estados Unidos, vai permitir, em um futuro próximo, a realização de exames de sangue via celular. Atualmente, o novo aparelho já fornece resultados rápidos e baratos. Enquanto a maioria dos testes requer a entrega de um frasco de sangue em um laboratório para análise e a espera de alguns dias para a obtenção dos resultados, o novo dispositivo portátil fornece as análises em menos de 30 minutos.

Com a nova tecnologia lab-on-a-chip, a gota de sangue é colocada em um cartucho de polímero plástico menor que um cartão de crédito e inserido em um biossensor do tamanho de uma caixa de sapatos contendo um espectrômetro em miniatura e uma micro-bomba piezoelétrica. O sangue percorre o cartucho em pequenos canais com 500 mícrons de largura para um local de detecção onde reage com reagentes pré-carregados que permitem ao sensor detectar biomarcadores de certas doenças.
Em comparação com dispositivos semelhantes em desenvolvimento em outros países, o pesquisadores afirmam que o sistema desenvolvido pelo pesquisador Mohammad Faghri é muito menor, mais portátil e requer uma amostra de sangue menor.
Os primeiros cartuchos que os pesquisadores desenvolveram foram focados na detecção da proteína C-reativa (PCR) no sangue, um método que ajuda os médicos a avaliarem o risco de doenças cardiovasculares e doenças vasculares periféricas.
Os pesquisadores estão trabalhando agora para detectar com o dispositivo os níveis da proteína beta amiloide, que pode ser usado como um preditor da doença de Alzheimer. O dispositivo também pode ser projetado para detectar patógenos virulentos, incluindo o HIV, hepatite B e gripe H1N1.

Teste móvel
A próxima geração do dispositivo irá incorporar um sensor de mão que irá reduzir os custos de fabricação. Faghri também prevê uma maior miniaturização da invenção que pode ser adaptada como um aplicativo de Smartphone. Ao incorporar o biossensor no cartucho e utilizar a energia do telefone, bem como as suas capacidades de comunicação sem fio, o pesquisador acredita que os pacientes podem ser capazes de realizar os testes eles mesmos e de os resultados serem transmitidos imediatamente ao escritório do seu médico através do seu telefone.
"Nós já estamos fazendo progressos em muitos dos passos para a próxima geração do sistema, e não demorará muito para que possamos começar a comercializá-la", disse Faghri.

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