segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Saiba por que a endometriose pode causar infertilidade

A endometriose, doença caracterizada pela presença do endométrio em outras partes do organismo além do útero, pode causar infertilidade. Confira sete curiosidades sobre o assunto, incluindo a possibilidade de tratamentos para reverter o caso, listadas pela ginecologista Rosa Maria Neme, diretora do Centro de Endometriose São Paulo:
1) Cerca de 30% a 40% das mulheres que sofrem de endometriose têm infertilidade. Entre as mulheres com infertilidade, 50% delas apresentam a patologia.
2) A mudança na anatomia do aparelho reprodutivo feminino é o principal fator que leva à infertilidade na mulher com a endometriose. Ao longo do tempo, o processo inflamatório da enfermidade causa aderências entre os órgãos reprodutivos, levando à alteração da anatomia e, consequentemente, à infertilidade. No entanto, há mulheres com quadros de endometriose inicial e que também podem apresentar dificuldades para engravidar, mas a causa desse problema ainda é desconhecida.
 
3) De maneira geral, o tratamento cirúrgico pode reverter a situação nos quadros de endometriose menos avançada ou ainda em alguns casos avançados. Só a avaliação médica pode dar o diagnóstico mais preciso.
4) Mais de 50% das pacientes têm uma chance maior de engravidar após o tratamento cirúrgico da patologia.
5) As chances de retorno da doença, mesmo após uma gravidez, são grandes, desde que a mulher não faça nenhum tratamento hormonal pós-gestacional para controle. Como não se sabe o que causa a endometriose, não é possível curá-la e evitar sua volta;
6) No caso de pacientes com endometriose, normalmente o médico mantém uma dose aumentada de progesterona nos primeiros três meses da gravidez para diminuir os riscos de aborto precoce. Essa medicação não causa danos para a mãe ou para o feto.
7) Não há risco para a mulher ou filho se a gravidez ocorrer no começo do tratamento. Apenas quando se segue o tratamento pós-cirúrgico com o análogo do GnRH é importante evitar uma gestação, pois o risco de aborto é maior.

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