quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Especialistas alertam sobre os cuidados na hora de fazer as unhas

Uso indevido de objetos metálicos pode transmitir os vírus da hepatite e do HIV; salões que desrespeitarem as regras de higiene podem ser multados e interditados.
Fazer as unhas é uma questão de higiene, vaidade e, principalmente, de saúde. Especialistas alertam que esse costume pode trazer alguns riscos caso a pessoa não tome os devidos cuidados. “O uso inadequado do alicate e outros objetos metálicos pode transmitir os vírus das hepatites A, B e também o HIV”, afirma o médico Keiller Chaves.

“É interessante que cada pessoa leve o seu material para o salão ou observar se a manicure utiliza objetos esterilizados, luvas e máscaras”, afirma a médica da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Apevisa) Ana Lídia de Alencar.

Segundo Lídia, o “forninho” usado pelos salões não é eficiente na esterilização. “Esse equipamento não chega à temperatura necessária para matar alguns vírus resistentes. O ideal seria um aparelho mais complexo, como a autoclave, usada em laboratórios”, disse. Os estabelecimentos que não cumprirem as regras de higiene podem ser multados e interditados pelas vigilâncias sanitárias municipais.

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, cinco milhões e meio de brasileiros estão infectados pelo vírus da Hepatite C. Isso representa 3% da população. A coordenadora do programa DST Aids de Olinda, Soni Santos, alerta que práticas sexuais sem proteção são as principais causadoras da doença. “Agulhas de tatuagens e piercings não higienizados também são perigosas”, disse.

“Os primeiros sinais são febre e mal estar e, após duas ou três semanas, as fezes ficam esbranquiçadas e a urina fica escura. As pessoas que apresentam esses sintomas devem procurar uma unidade de saúde com urgência”, afirma Soni.

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