sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Atualização em Emergências Hipertensivas

Algumas considerações clínicas importantes para a equipe de enfermagem

Cerca de 73,6 milhões de pessoas nos Brasil são afetadas por hipertensão.
A crise hipertensiva é definida como um aumento súbito da pressão arterial, apresentando a pressão sistólica maior que 180 mmHg ou uma pressão diastólica superior a 110 mm Hg.
Considera-se uma emergência hipertensiva quando houver alguma evidência de lesão aguda
ou permanente de um órgão-alvo.
O tratamento das emergências hipertensivas é baseado na redução rápida da pressão arterial porem cuidando para que não haja o desenvolvimento de hipotensão arterial. Após a apresentação inicial dos sintomas, os pacientes com emergência hipertensiva devem ser internados em (UTI) para o controle intensivo da síndrome. No momento da admissão do paciente, pode-se optar pela passagem do cateter arterial para melhor controle dos valores pressóricos. 
devem ser prontamente realizados. O objetivo inicial do tratamento é reduzir a pressão arterial média de
mais de 25% para atingir uma meta de pressão arterial de 160/100 mm Hg dentro de 2-6 horas, ou para
diminuir a pressão arterial diastólica de 10% a 15% ou cerca de 110 mm Hg em 30 a 60 minutos.
importante que a pressão arterial seja reduzida de forma controlada para evitar o risco de hipoperfusão
de órgãos vitais, o que pode causar isquemia do miocárdio.
O enfermeiro intensivista deve realizar prontamente a monitorização hemodinâmica, controlando a pressão arterial a cada 5 a 10 minutos e avaliar o estado neurológico do paciente. Alguns marcadores sericos que evidenciam danos em órgãos alvo devem ser prontamente obtidos, como a creatinina e a dosagem de enzimas cardíacas. ECG e radiografia de tórax É
2 Os achados clínicos de lesões de órgãos-alvo incluem, mas não estão limitados a, encefalopatia hipertensiva, hemorragia intracraniana, angina instável, infarto agudo do miocárdio, insuficiência ventricular esquerda aguda com edema pulmonar , dissecção da aorta, e eclampsia. Se nenhuma evidência de dano do -órgão está presente, a crise hipertensiva é considerada uma urgência hipertensiva e pode ser tratada de forma menos agressiva. Nesta atualização, nos concentramos apenas em emergências hipertensivas.
Apesar do grande avanço em seu tratamento, aproximadamente 30% dos adultos ainda desconhecem o seu risco, o que torna a doença um grande desafio para a saude publica do pais.2 Ocorre quase duas vezes mais em pessoas negras. A taxa é ligeiramente superior nas mulheres que nos homens, e sua incidência aumenta com idade.

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