sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Estudo diz que você só passa gripe suína para pessoas do mesmo sexo

Infecção foi mais intensa em crianças que estudam na mesma sala de aula

Estudo recente sobre a propagação do vírus da gripe H1N1, popular gripe suína, concluiu que, na maioria dos casos, meninos passam o vírus para meninos, enquanto o mesmo acontece entre as mulheres.

A pesquisa realizada em uma escola primária na Pensilvânia, nos Estados Unidos, foi publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

Os resultados mostraram que as crianças têm três vezes mais probabilidade de transmitir a gripe para as crianças do mesmo sexo do que as crianças do sexo oposto. E que ela ocorre de forma mais intensa entre as crianças da mesma classe.

No entanto, a pesquisa afirma que se sentar ao lado de uma pessoa infectada não aumenta significativamente o risco de uma criança de pegar gripe.

O estudo envolveu 370 alunos (81% das crianças da escola) a partir de 295 famílias. Os pesquisadores juntaram dados de mapas de assentos, calendários escolares, horários de ônibus, registros de frequência, além de pedirem aos alunos para responder questionários.

Os pesquisadores também descobriram que a taxa de transmissão é cinco vezes maior entre os colegas do que entre as crianças de classes diferentes do mesmo grau, e 25 vezes maior do que entre crianças de graus diferentes.

Os dados ajudarão os pesquisadores a entender como as epidemias se alastram e como intervenções ou mesmo o fechamento de escolas podem ajudar a conter um surto.
Embora seja impossível determinar exatamente quem contraiu gripe de quem, os investigadores usaram métodos estatísticos refinados para, em probabilidade, reconstruir o padrão de propagação e calcular as taxas de transmissão em diferentes contextos, afirma o autor do estudo, Simon Cauchemez, do Centro de Investigação Médica do Conselho de Análises do Imperial College London.

- Esse é um dos estudos mais completos até hoje sobre a forma como uma epidemia de gripe se espalha entre as crianças na escola.

A escola onde o estudo foi realizado foi fechada por 18 dias após o surto de gripe suína, quando 27% de seus alunos apresentaram sintomas.

 

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