quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

SP tem menor índice de transmissão de HIV de mãe para filho no Brasil

O índice de transmissão vertical do HIV (quando a mãe infecta o bebê) é de 2,7% em São Paulo, de acordo com dados da Secretaria Estadual da Saúde. O número é o menor do país, que tem média de 7%. De acordo com a médica Luiza Harunari Matida, do Programa Estadual de DST/AIDS e coordenadora da pesquisa Avaliação da Transmissão Vertical do HIV no Estado de São Paulo, ainda não se pode falar em erradicação da transmissão vertical - mas, sim, de eliminação. - O conceito de eliminação é termos duas crianças soropositivas em cada cem gestantes soropositivas. A forma mais comum de transmissão é quando ocorrem problemas como perfuração da placenta, aumentando as chances de contato do sangue da mãe com o do bebê e durante as contrações. Fazer o teste de HIV no pré-natal é fundamental e um direito adquirido por todas as gestantes brasileiras. Elas podem fazer o teste em unidades de saúde. Se for confirmado o vírus da Aids, a grávida deve tomar antirretrovirais durante toda a gestação e receber AZT injetável durante o parto para prevenir a infecção do bebê. Outra forma de prevenir a transmissão vertical é oferecer ao recém-nascido um xarope de AZT nas primeiras quatro semanas de vida e não amamentá-lo.

Todos estes medicamentos são fornecidos na unidade de saúde. Para manter os índices baixos de transmissão vertical, Luiza destaca, além da necessidade de a gestante tomar os antirretrovirais, ter qualidade de vida - isso ajuda a diminuir a carga viral do corpo, proporcionando o momento ideal para se ter o bebê. Entre 2008 e 2009, pelo menos 6.000 brasileiras portadoras do HIV engravidaram no país, de acordo com o Ministério da Saúde. E, na última década, houve redução de 44,4% na transmissão vertical

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