quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Projeto identifica casos de câncer de mama em estágio inicial em Porto Alegre





No Brasil, apenas 10% dos casos de câncer de mama são diagnosticados em estágio inicial, quando há 95% de chances de cura. Mas um estudo realizado em Porto Alegre, mostrou que é possível identificar mais casos da doença nesta fase. O projeto foi feito por meio de parceria público privada entre a Prefeitura e o Hospital Moinhos de Vento, com apoio do Instituto Mama do Rio Grande do Sul (Imama). Aproximadamente nove mil mulheres acima de 15 anos e provenientes de 19 postos de saúde de Porto Alegre tiveram o acompanhamento da saúde da mama desde o final de 2003 até hoje. Durante o período, o Programa prestou atendimento completo focado na prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação de doenças da mama com máxima eficiência.

Neste período, 55% das ocorrências da doença foram diagnosticados em estágio inicial. — O câncer de mama é um grande problema de saúde pública, pelo impacto em morbidade e mortalidade, e também pelos custos associados à doença — alerta a mastologista Maira Caleffi, presidente da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama). Este tipo de câncer mata no Brasil mais de 30 mulheres por dia, daí a importância do diagnótico precoce. De acordo com dados oficiais do Instituto Nacional do Câncer — Inca — os estágios do tumor variam de I a IV, sendo o primeiro o inicial — quando a chance de cura é de 95% — e o último, onde a doença já está fora da mama, com alto índice de morte em cinco anos. O gasto com cada brasileiro na área da saúde foi de US$ 252 por pessoa em 2007, segundo dados divulgados pelo INCA. Zolmarina Ribeiro Freire foi uma das paciente do estudo que conseguiu vencer a doença.


Diagnosticada em 2005 com tumor na mama direita, em duas semanas já estava tratada. — Se eu não tivesse aceitado a realizar o exame, dificilmente eu estaria viva hoje e, se ainda estivesse, provavelmente teria a minha mama retirada. Por isso eu não entendo o motivo de muitas mulheres não fazerem os exames regularmente — afirma Zolmarina. A paciente continua frequentando o Núcleo Mama Porto Alegre a cada seis meses para acompanhamento e desde então não foi detectado mais nenhum tumor. — Quando soube que estava com câncer de mama, fiquei bastante nervosa, mas \'coloquei na cabeça\' que iria sarar. Durante o tratamento não tive nenhum efeito colateral, nenhum incômodo aconteceu comigo. Tem que acreditar que irá dar certo — completa.BEM-ESTAR

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