quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Ministro da Saúde confirma casos de superbactéria em SP e no PR, além do DF






O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, confirmou na quarta-feira (20) que há casos de “superbactéria” nos Estados de São Paulo e Paraná. De acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), foram confirmados o registro de 163 casos e 14 mortes no Distrito Federal. Os dados de São Paulo e Paraná ainda não foram fechados pela agência.

“O que nós temos até o momento confirmado é a presença dessa bactéria específica no Distrito Federal, São Paulo e no Paraná”, afirmou após evento no Palácio do Planalto, em Brasília.

Segundo o ministro, a Anvisa deve tornar a notificação obrigatória a partir desta sexta-feira, quando uma nova resolução colocará limites na comercialização de antibióticos nas farmácias brasileiras. “Existem normas e regras que obrigam todos os hospitais a [registrar] a presença de infecções hospitalares. Acontece que essa bactéria, pela sua especifidade, está nos preocupando, e por isso a convocação de especialistas para que a gente possa ouvir deles que medidas adicionais devem ser tomadas para o controle desse problema”.

Para Temporão, o consumo de antibióticos pelos brasileiros é feito de forma equivocada.”A pessoa começa a ter uma febre, vai para uma farmácia, compra um antibiótico e toma. O que acontece? Há uma seleção de bactérias e a criação de bactérias resistentes, que pode até acometer este próprio cidadão numa situação de internação, uma infecção hospitalar grave”, avaliou Temporão pelo fato da bactéria em discussão ser muito resistente a antibióticos.

As vítimas da bactéria KPC (Klebsiella pneumoniae Carbapenemase) e pacientes com sintomas de infecção devem ser mantidos isolados. O tratamento deles consiste ao uso de antibióticos ainda mais fortes. A medida já foi tomada por alguns hospitais, como Albert Einstein, Sírio-Libanês e Oswaldo Cruz, em São Paulo.

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