sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Rio Grande do Sul confirma 3 casos de sarampo e Saúde faz alerta epidemiológico

Exames de laboratório confirmaram três casos de sarampo em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. O estado não registrava a doença há 11 anos. Segundo a Secretaria da Saúde as três pessoas infectadas são do sexo feminino. Duas delas, com idades entre 10 e 11 anos, pertencem à mesma família e não haviam sido vacinadas. As crianças visitaram Buenos Aires, na Argentina, entre os dias 22 a 28 de julho - mesmo época em que também foram confirmados três casos de sarampo naquela cidade, provavelmente importados da África do Sul. O terceiro caso - um bebê de nove meses - teve contato com a segunda vítima na sala de espera por atendimento médico.
De acordo com a Secretaria de Saúde, foram notificados 50 casos suspeitos no Rio Grande do Sul até agora. Desse total, 38 foram descartados, três confirmados e nove ainda estão pendentes. O resultado do exame do vírus identificou o genótipo B3, que circula em países africanos desde 2007. Os pacientes com sarampo no Rio Grande do Sul apresentaram sintomas como febre alta, tosse, coriza, conjuntivite, fotofobia.
Com mais estes três casos no Rio Grande do Sul, o país registra 12 casos de sarampo nos últimos meses. Foram confirmados em agosto deste ano três casos em Belém, no Pará. No mês de setembro, o Ministério da Saúde informou a investigação de 15 casos suspeitos em João Pessoa, Paraíba, sendo que seis casos foram confirmados para sarampo.
A secretaria estadual de Saúde do Rio Grande do Sul emitiu um alerta epidemiológico por causa dos três casos confirmados. Segundo a secretaria, "é imprescindível detectar e notificar rapidamente qualquer caso suspeito de sarampo, o que possibilitará que as medidas de controle sejam realizadas oportunamente interrompendo a cadeia de transmissão. Além disto, torna-se necessário implementar as coberturas vacinais de rotina buscando recuperar faltosos e diminuindo o risco de reintrodução da transmissão autóctone do vírus selvagem no estado".
Segundo a secretaria, deve-se pensar também em sarampo quando há suspeita de outras doenças, como a dengue.De acordo com o alerta emitido pela secretaria, toda pessoa que, independente da situação vacinal, apresentar febre e vermelhidão na pela, acompanhados de um ou mais sintomas como tosse, coriza, conjuntivite deve ficar alerta. Também aqueles que fizeram viagem ao exterior nos últimos 30 dias ou tiveram contato com alguém que viajou ao exterior devem prestar atenção se surgirem sintomas da doença.
Todas as pessoas que tiveram contato cinco dias antes até cinco depois do inicio da vermelhidão na pelo em casos suspeitos devem se vacinar. A vacinação deve incluir todos os indivíduos na faixa etária entre seis meses a 49 anos do mesmo domicílio, vizinhos, creches, salas de aula, sala de trabalho, unidade de atendimento

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